domingo, 30 de maio de 2010

o quanto a vida é bela


Às margens do rio Tâmisa. Pensando, pensando, pensando… no quanto minha amiga Nahiane, em e-mail enviado, foi certeira com estas palavras: “pensando no quanto o nosso futuro é incerto, ao mesmo tempo penso também no quanto podemos programá-lo e isso já dá uma forcinha pra que nossos sonhos não fiquem apenas em nossas cabeças, no quanto querer é poder e conseguir, no quanto ser perseverante é o que há, no quanto correr atrás da felicidade é uma delícia, no quanto a vida é breve e bela, por isso, a aproveitemos sem cessar!”

National Portrait Gallery

Para quem é apaixonada por histórias de vida, cada segundo na National Portrait Gallery são absorvidos intensamente. Ao lado de cada retrato uma breve (brevíssima) passagem sobre suaas histórias. A National Portrait coleciona retratos de britânicos famosos das mais diversas áreas, e claro, da realeza. Essa foto da pricesa Diana com seus filhos me encantou pela leveza e por ser totalmente contrária às outras (sérias e em posturas menos descontraídas). No entanto, assim que saí do belo prédio, a diversidade de pessoas nas ruas me mostra que a verdadeira essência de Londres são os anônimos. Ps: Como exposição temporária, famosos como Truman Capote, retratos por Irving Penn ( 15 libras).
Saiba mais pelo link da National Portrait Gallery.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Detalhes

O que mais me encanta em Londres é a beleza dos detalhes: as fontes e as estátuas nos parques são verdadeira arte à céu aberto.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Protagonistas do cotidiano

No dia 07 de abril defendi minha dissertação de mestrado "Protagonistas do Cotidiano na revista piauí" na Universidade Metodista de São Paulo. Seguem links de notas que saíram no site da ABJL (Academia Brasileira de Jornalismo Literário) e no blog História, Cultura, Comunicação do professor José Salvador Faro.

sábado, 10 de abril de 2010

A melhor surpresa do meu dia

Girei a roleta do ônibus. Meus olhos se encontraram com os olhos claros de um homem loiro que estava em pé, na escada da porta do coletivo com uma gaita presa ao pescoço e um violão nos braços. Era por volta de dez da noite e voltava para casa depois de um longo dia de trabalho.
O ônibus estava meio vazio, três passageiros olhavam em direção ao homem loiro. Caminhei até uma cadeira ao lado da janela e fiquei observando. Ele tinha porte elegante, vestia uma camisa cinza, calça jeans e sapatos pretos. A madeira do violão estava violada com palavras feitas com um objeto pontiagudo. Não pude ler o que estava escrito porque ele começou a tocar “A Reason to Believe”, de Rod Stewart com voz áspera e rouca. Todos o escutavam com sorriso estampado no rosto, inclusive eu.
Terminada a canção, ele falou:
- Pessoal, estou procurando trabalho. Se puderem me ajudar com cinco centavos, dez centavos, eu agradeço.
E repetia a ladainha enquanto caminhava pelo corredor do transporte.
O ônibus parou bruscamente arremessando o pseudo-cantor em direção a uma passageira que se preparava para descer.
- Ops, segura aí, tem que está preparado para as surpresas da vida. Aprumou-se e foi receber umas moedas de um passageiro que estava sentado ao meu lado. O passageiro, um moreno que vestia bermuda, camiseta e havaianas disse:
- Eu adoro esse tipo de música.
- Essas músicas só conhece quem é gente mais graduada. Do Rod Stewart tem também All For Love, All Right Now, Baby Jane, Bad For You…
O loiro sentou-se por perto e como se fosse amigo de infância, começou a conversar:
- Hoje peguei uns cinqüenta ônibus, deu para tirar R$ 45. Essa calça foi R$ 21, tomei um café de R$ 7,50 e o resto eu guardei.
Ao que o outro retrucou:
- Não pode é desistir dos seus sonhos.
O loiro concordou com a cabeça. Levantou-se e preparou-se para descer, mas parou:
- Vou tocar mais uma para você. E começou “Jupter and Teardrop” de Grant Lee Buffalo.
O ônibus de novo se encheu de poesia, fechei os olhos para apreciar melhor a canção. Mas fui interrompida na parada mais próxima.
- Fico por aqui. Obrigada e boa viagem, ouvi-o dizer ao final.
Olhei de relance na esperança de ler a frase escrita no violão, mas foi tarde demais. Pelo vidro do ônibus fiquei observando ele se afastar enquanto o passageiro ao meu lado assobiava o final da canção.

Ps: texto escrito em 14/06/2009
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segunda-feira, 29 de março de 2010

A decisão de Pedro


Pedro chegou em casa na segunda-feira depois de uma reunião de trabalho que adentrou a madrugada. Jogou a pasta no sofá, tirou a gravata salmão, o terno, a calça social, os sapatos italianos, vestiu uma bermuda, camiseta e chinelas havaianas enquanto ouvia as reclamações da mulher. Pegou o carro e foi para a praia ver o sol nascer. Sentindo a areia e as águas embaixo de seus pés avistou uma canoa. Entrou e remou com as próprias mãos em direção à linha do horizonte. Nunca mais Pedro foi visto.
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Memória visual

Foto de Thiago Melo, em fevereiro de 2010, na UFPI. O registro surgiu a partir da aula de fotografia conduzida por Luciano Klaus no curso de verão sobre jornalismo literário.
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